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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Análise da dissertação com a utilização do questionário

Procurando, embora muito tardiamente, reflectir em torno das questões apresentadas pela Profª, permitam antes de mais que previamente esclareça o seguinte: procurei fazer a minha reflexão antes de ler os contributos dos colegas que há muito o fizeram. Só depois disso fui tomar contacto com essses contributos, tentando comparar com a minha reflexão aqui feita.

Passemos então às Questões:

· A autora apresenta claramente os objectivos de investigação que presidiram à elaboração do questionário?

- Na verdade são muito bem aprsentados os objectivos que a autora procurou atingir com o questionário. Curiosa a forma de procurar responder a esses objectivos, sistematizando o estudo, primeiro em torno da Internet e suas representações, usos e expectativas e depois a questão da interacção com a Internet.

É como se tivéssemos em presença de duas questões que naturalmente se complementam e respondem muito bem aos objectivos claramente apresentados, nomeadamente na página 64.

· Na dissertação apresentada há indicação dos passos que estiveram subjacentes à construção do questionário?

- Pelo que me é dado a conhecer, embora se perceba facilmente os passos da sua construção, essa apresentação não é feita claramente. No entanto, julgo que a intenção da autora é envolver-nos enquanto leitores da tese, do caminho que ela própria fez desde o momento em que definiu os objectivos subjcacentes à construção do questionário, até ao momento da apresentação dos dados que obteve. Na verdade é visivel que a construção do questionário passou por fases tão importantes como a definição de objectivos, a selecção e construção da amostra com representatividade no público alvo que procurou atingir, a própria análise e a apresentação dos dados. Se tivéssemos que apontar algo que devesse ser um pouco mais claramente apresentado, eu sugiria a fase da análise na medida em que simplesmente é referida como tendo utilizado o excel e pouco mais.

· A amostra é claramente identificada?

· É indicado o método usado na definição da amostra?

- Sim e de modo muito sistematizado. Na verdade preocupa-se em caracterizar o público-alvo, explicando o que esteve na base da construção da amostra. Identificou 2 grupos muito claramente (os alunos e os professores). Na apresentação dos resultados procura sistematizá-los nunca perdendo de vista os 2 grupos alvo. O método usado é também perceptível ao longo dessas descrições, mas não aponta qual o método usado (academicamente falando, claro).

· O questionário usado foi objecto de validação prévia?

- Como não podia deixar de ser foi aplicado experimentalmente a um número reduzido de alunos e professores, mas representativo, face à amostra que pretendeu estudar. Garantindo assim que, quando aplicado à amostra seleccionada, que os resultados fossem o mais fiáveis e representativos possiveis.

· Na explicitação da metodologia usada há indicações sobre o modo de tratamento dos dados obtidos com a aplicação do questionário

- Aqui julgo que poderia ter havido uma maior explicitação do modo como foram tratados os dados. Na verdade a autora coloca o enfoque nos objectivos, na definição do público alvo e na apresentação dos dados com a consequente conclusão. Quanto ao tratamento dos dados apenas se percebe que a autora terá analisado e tratado com recurso ao excel, numa dinâmica percentual da amostra estudada, inferindo-se na mesma razão deuma forma directa para o público-alvo.

“Postado” em Mpel-Metodologia, por João Manuel dos Santos Quintas, a 16Fev10, às 16h07

E-Questionários

1) o e-investigador utiliza questionários endereçados pelo correio? Entregues para preenchimento presencial?

Apesar de muito tardiamente e sem prejuízo do que muito já se discutiu sobre o assunto, permitam ainda que coloque a minha humilde e breve reflexão sobre o assunto:

Na verdade a ferramenta Questionário continua a ser ainda poderosissíma para obter dados para qualquer estudo, sobretudo na área das ciências sociais. Nesta metodologia emergente de investigação, em que nos podemos socorrer de tecnologias web e outras, que não são mais do que meios par obter informação e dados. A questão que se coloca sempre é saber em que medida em que conseguimos obter da amostra seleccionada, todos os dados com a fidelidade científica que desejamos. Se é verdade que facilmente e comodamente conseguimos dissiminar um qualquer inquérito via on-line, desde que construido com a mesma qualidade cientifica, deve ser garantido à partida que o mesmo chega com a mesma facilidade a todos os individuos da amostra seleccionada. Por exemplo, há que cuidar se todos os membros dessa amostra têm acesso a um aqualquer ferramenta online que o investigador usa ou mesmo, de modo mais básico, se todos têm acesso à CMC. Uma vez garantido isso e se a opcção é o e-questionário, estamos na verdade em presença de um modo com um alcance potentíssimo.

2) vantagens e desvantagens da utilização de questionátios online versus questionários "presenciais" ou em papel?

Desde logo a vantagem ecológica, depois conseguimos que alguém que responde no seu PC a um qualquer inquérito, o fará com algum desprendimento e sem qualquer preconceito, sobretudo se esse e-questionário for anónimo.

Por outro lado a facilidade de resposta para quem pretende responder. POde ser construído de modo a que o inquirido o faça simplesmente através de "click's".

Como desvantagem, apontaria porventura para a eventual limitação de uma qualquer amostra que tenhamos seleccionada, na utilização de determinada ferramenta ou mesmo da CMC. Afinal, como sabemos ainda temos bastante e-iliteracia.

Julgo que as questões de motivação para responder a um e-questionário, levantam-se muito mais na CMC. Na verdade se eu estiver em casa no meu PC só responderei se efectivamente me sentir predisposto e interessado no objecto de estudo. terei de me sentir elemento actuante na amostra. Aí cabe ao autor do estudo ou a quem pretende os dados, mobilizar esses interesses.

Exige-se por outro lado um maior cuidado na identificação e no controlo das variáveis que interferirão no estudo.

3)Questionários online: que ferramentas?

As que conheço embora muito insipiamente são o aplicativo do google.docs e o www.survs.com . Nesta fase ando a explorar sobretudo este último mas já deu para ver que conseguimos construir um questionário, aplicado aos mais variados contextos, delimitando inclusivamente o público que queremos atingir (basta que convidemos/que enviemos por mail aos individuos que queremos atingir).
Continuemos a aprofundar esta ferramenta que julgo ter um potencial fortíssimo).

“postado em MPEL-Metodologia, a 16Fev10, por João Manuel dos Santos Quintas